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Na
década de 30, uma empresa se instalou na região, a Chisso. A empresa,
que fabricava acetaldeído (usado na produção de material plástico),
jogava seus resíduos com mercúrio nos rios, contaminando os peixes.
Como a doença leva alguns anos para se desenvolver, somente em
1956 começaram a surgir os primeiros casos da doença. Os hospitais
recebiam pessoas com os mesmos sintomas: problemas no sistema
nervoso e no cérebro, causando dormência nos membros, fraquezas
musculares, deficiências visuais, dificuldades de fala, paralisia,
deformidades levando até mesmo à morte.
No princípio as autoridades acreditavam que se tratava de uma
epidemia, mas os gatos começaram apresentar doenças com as mesmas
semelhanças. Somente de dez anos depois os médicos descobriram
a causa: o consumo de peixe contaminado por mercúrio, base da
alimentação daquela população. Estima-se que a empresa descartou
de 200 a 600 toneladas de metilmercúrio na baía da cidade. Depois
de várias batalhas judiciais, a empresa foi obrigada a indenizar
as vítimas, mas o resultado da contaminação se faz sentir até
hoje.
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